top of page

Atualizado: 12 de jan. de 2022



A ‘’Comissão de Autodeclaração Racial’’ da UFPE é uma fraude! A começar pelo nome. Comissão não leva em consideração nem mesmo o que é previsto por lei: os formulários de autodeclaração preenchidos e assinados pelos estudantes aprovados em processo seletivo. O que vale, a bem da verdade, é o arbítrio bicolor de um ‘’colegiado’’ composto por docentes e alunos, todos ''estudantes ligados ao tema”, leia-se, todos militantes da ''causa negra''.


Leio agora no sítio de notícia Leiajá sobre um protesto de estudantes reprovados pela comissão de cotas da UFPE. Link da matéria: http://www.leiaja.com/carreiras/2019/02/12/reprovados-pela-comissao-de-cotas-da-ufpe-fazem-protesto/?fbclid=IwAR2c1RMvLJMpns5br4yFD1tguX31-rFDCbSX-l5zljv3G32KMNHU_y1fRLM


Diz a matéria que, ao todo, 280 estudantes foram reprovadas pela comissão de cotas nos campi Recife, Vitória e Sertão do São Francisco. Um dos estudantes, de nome Guilherme Feitosa, relata um expediente no mínimo perigoso que muito diz sobre a forma de atuação desse ‘’colegiado’’ racial que, pelo visto, não deve gostar nada de gente que se autodeclare parda e mestiça:


“Não fizeram nenhuma pergunta sobre o porquê de eu me autodeclarar pardo ou preto, simplesmente olharam para mim. Me julgaram enquanto filmaram”, declarou ao Leiajá.


Alunos protestaram na frente da reitoria da UFPE Júlio Gomes/LeiaJáImagens

Por trás da reprovação está o ódio ao mestiçamento


Está claro que os alunos foram reprovados por se declararem pardos e mestiços, e não ‘’negros’’, como esperava o tal ‘’colegiado’’. Isto é, os reprovados não são estudantes ‘’engajados’’ com o discurso da tal ‘’causa negra’’. É assim em todo o Brasil , e chovem denúncias desse tipo pelo País a fora.


Essas comissões são raciais no próprio nome e trabalham com uma visão racial viciada. Os integrantes desses tribunais raciais, via de regra, detestam o fato INCONTESTE de o Brasil ser um país de negromestiços que se declaram ‘’pardos’’, ‘’mulatos’’ etc. E isso desagrada profundamente os neonegristas, que veem aí nada mais do que ''alienação branqueadora'', jamais um processo de autoafirmação identitária consciente e também político.


Essa comissão não tem isenção e nem pode tê-la pelo simples fato de ser um colegiado imbuído de propósitos de categorização racial nos moldes nazista.


A autodeclaração é prevista na Lei das Cotas para o candidato à vaga em instituição federal de ensino, mas ainda assim ela não tem sido observada no processo de ‘’seleção racial’’. O critério é meramente subjetivo e ideológico! Ponto! Não há objetividade nessas comissões raciais e por isso devem ser condenadas pela injustiça e violência que perpetram contra estudantes autodeclados pardos e mestiços.


Em termos mais práticos, às claras dizem reconhecer a validade da autodeclaração, mas, às ocultas, entre eles, a coisa é bem diferente: o estudante mestiço, filho de branco e negro, que não se reconheça como ‘’negro’’, e somente negro, não tem vez nessas comissões, como fica evidente nos relatos feitos na reportagem do Leiajá.


É um perseguição racialista contra pardos e mestiços. E o movimento negro tem responsabilidade nisso.

 
 
 

Atualizado: 10 de jan. de 2022



Em entrevista ao Valor Econômico (link abaixo), o ministro da Educação faz uma constatação óbvia, mas os veículos da grande imprensa, utilizando-se do expediente de ‘’pescar palavras’’, deram outro sentido às declarações.


O que disse Vélez


O ministro defendeu que ‘’As universidades devem ficar reservadas para uma elite intelectual, que não é a mesma elite econômica’’. O ministro se referia ao investimento em ensino técnico-- prioridade da sua gestão---, quando afirmou que o retorno financeiro deste seria mais imediato do que o de uma graduação e estaria mais adequado ao perfil daqueles indivíduos que não tivessem o preparo e a vocação para a vida acadêmica. O termo vocação é meu.


Na opinião do ministro, a universidade deve privilegiar a excelência e a qualidade do ensino e de pesquisa. Por ser o lugar responsável pelo avanço da ciência e do conhecimento produzido no País, elas não foram pensadas para o ensino de massa. E isso não depende da vontade do ministro; é uma realidade em qualquer lugar do mundo. Prova disso é o sistema de aferição de mérito do vestibular -- uma grande “peneira”, buscando filtrar os ‘’melhores’’ e mais ‘’bem preparados’’ que comporão uma elite intelectual científica.


Uso aspas porque, nas últimas década, em nome das supostas ‘’boas intenções’’ dos governos petistas, sob o lema ‘’universidade para todos’’, o que se viu foi uma tentativa de massificação do ensino superior que resultou na diminuição do nível de exigência do ingresso no Ensino Superior e, consequentemente, no ingresso de estudantes despreparados ou com defasagem educacional.


O resultado dessa perda de qualidade não se deve, como alegam os apressados, ao ingresso dos pobres nas instituições de Ensino Superior. Mas de pessoas sem qualquer dedicação ou identificação com a vida acadêmica. Pessoas que estão ali porque a universidade é esse símbolo de prestígio social e marcador de privilégio social. Daí porque a garantia do diploma superior sempre funcionou como mecanismo de proteção das elites econômicas, que para lá mandou ''os filhinhos de papai'', muitos dos quais sem qualquer vocação para a vida universitária e acadêmica.



A importância da elite intelectual


O conceito de elite intelectual não tem relação com elite econômica, como deixou claro o ministro, e a inclusão de um indivíduo numa determinada elite intelectual não é garantia da sua inserção na elite econômica—embora haja uma relação. Isso tem mais a ver com criação de valor; o valor que esse profissional consegue adicionar à vida dos demais. Coisas do mercado...


O que o ministro fez foi desafiar o senso comum da ‘’universidade para todos’’ e da crença de que todos querem entrar na universidade ou dependem dela para realizar seu potencial ou crescerem na vida. Uma espécie de crença que povoa o imaginário brasileiro de que não entrar na universidade é sinal de fracasso.


Por causa disso, muitos alunos deixam a desejar na dedicação acadêmica, e os professores se queixam das muitas dificuldades que esses estudantes enfrentam, como falta de estudo, problemas com leitura e escrita de textos acadêmicos, exigidos pela vida acadêmica. Com tudo isso, assim, nas instituições menos exigentes, esses estudantes acabam se graduando.


Em todas as sociedades, algumas poucas pessoas adquirem a condição de elite intelectual por meio do talento, contribuindo para o desenvolvimento e o progresso da ciência. Em um momento em que dentro das próprias universidades há uma crítica pesada ao rigor científico e uma crescente simpatia para com as mistificações pseudocientíficas ( do tipo teoria queer, ''pretagogia'', “Terapia Floral”, “Cromoterapia” e especialmente o “Ecologia da Mente” e ‘’Agroecologia’’), conversa mole e dinheiro jogado fora, nada como reforçar a importância da seriedade e do rigor do método e dos resultados da produzidos pela elite intelectual comprometida e séria.


Link para a matéria do Valor Econômico: Ideia de universidade para todos não existe', diz ministro da Educação: < https://www.valor.com.br/brasil/6088217/ideia-de-universidade-para-todos-nao-existe-diz-ministro-da-educacao

 
 
 

Atualizado: 12 de jan. de 2022





O novo presidente do Inep, Marcus Vinícius Rodrigues, tomou posse ontem. No discurso de posse, chamou-me a atenção dois deslizes cometidos por aquele que chefiará o instituto ligado ao Ministério da Educação e principal responsável pela elaboração do Enem: um de ordem gramatical e outro conceitual.


O primeiro, de ordem linguística, não passou despercebido pelos sites de esquerda, que resolveram fazer chacota e até mesmo transformar em manchete um deslize gramatical cometido por Marcos Vinícius em seu discurso, quando afirmou que a prova será eficaz na formação de "cidadões".








Para esses defensores da língua e agora fiscais do bem escrever e do bem falar dos integrantes do novo governo, o erro de português do presidente do Inep é uma clara e inequívoca demonstração do ‘’despreparo’’ do presidente do órgão que aplicará o Enem.


É falso dizer que somente pobres e menos instruídos cometem erros de língua; a nata mais escolarizada da população, em menor grau, também.


Exemplo disso é o próprio presidente do Inep. Ele é graduado em Engenharia Elétrica pela UFC, possui mestrado e doutorado em Engenharia de Produção e já foi professor em cursos de pós-graduação na FGV. Ou seja, não é nenhum pobre sem escolarização.


Sendo o plural de ladrão, ladrões e de varão, varões , logo, cidadão?...


As palavras que terminam em “ão” costumam causar dúvida no plural. Isso porque os vocábulos terminados em -ão podem ter no plural três terminações diferentes. A variedade portuguesa tem uma peculiaridade que leva a maioria das palavras terminadas em -ão a formar plural em -ões. Está nesta convenção linguística a justificativa para um dos erros linguísticos cometidos com maior frequência pelos falantes da língua – escolarizados ou não.


Por assim ser, os estudiosos da Linguística argumentam que há, nesses casos, uma tendência à oscilação entre -ãos/-ões, e, por consequência, uma maior flutuação entre aquilo que prescreve a modalidade padrão e o que os usuários da língua, nas situações de uso real, decidem ‘’acomodar’’.


Sem querer justificar o deslize de quem deveria monitorar com mais cuidado a fala e, consequentemente, observar com rigor a modalidade padrão da língua, vejo como uma implicância desnecessária esse tipo de destaque midiático. Aposto que toda essa gente, que hoje acredita que os rumos da educação do país foram entregues a ''ignorantes'' por causa de desvios linguísticos, se submetida fosse a um teste básico de aferição gramatical, escreveria ‘’refrões’’ como plural de refrão, em vez de refrãos ou refrães, as únicas formas corretas de refrão, que até os treinados e calejados no ofício da revisão e do ensino da língua costumam tropeçar ou pedir a ajudinha de um dicionário para elucidar a dúvida. Coisas da língua...


Sem conteúdo ideológico ou sem proselitismo panfletário?


O segundo deslize do novo presidente do INEP é conceitual. Uma besteira repetida pelo presidente Bolsonaro: o fim de qualquer ‘’viés ideológico’’ nas ações do governo. Isso é impossível, pois é a própria ideologia que norteia as práticas do governo Bolsonaro.


Ao dizer que vai analisar o banco de questões do Enem para que não haja “uma postura ideológica”, quero crer que o presidente do Inep quis dizer que vai combater a ‘’partidarização’’ do exame, que caiu nas mãos do PT em 2003, e desde então o que se viu foi o seu uso político da forma mais mesquinha e proselitista.


O exame, que há muito tempo mandou paras as cucuias qualquer questão próxima da gramática, passou a priorizar a “interpretação de texto”. Não fosse o seu maior propósito com isso marcar uma posição ideológica em favor de ‘’minorias’’ e submeter estudantes a um teste de militância, não haveria problema algum nas questões de interpretação de texto. Mas não foi o que aconteceu.


Os pedagogos críticos defendem que não há a menor possibilidade de a Educação ser neutra, e os educadores, desprovido de ideologia. Concordo. Todavia, o educador, na condição de profissional, deve ser ético e prezar pela objetividade. Essa sim pode ser perseguida diuturnamente e guiar a conduta do profissional educador.


Se ele está ali para ensinar conteúdos de língua portuguesa, matemática, ou geografia, não pode, a pretexto de ‘’transversalizar’’ os conteúdos, transformar o espaço de sala de aula em palanque para promover suas concepções de mundo, seja filosófica, religiosa ou política. Isso deveria ser um ponto pacífico, mas para os educadores ‘’críticos’’ não há qualquer possibilidade de objetividade possível na atividade docente! O professor tem por obrigação moral de ser ''agente da mudança''. A começar pela mudança da formação moral e religiosa dos seus alunos.

 
 
 

 

Faça parte da nossa lista de emails

© 2023 por Amante de Livros. Orgulhosamente criado com Wix.com

  • White Facebook Icon
  • White Twitter Icon
  • Branco Ícone Google+
bottom of page